Olho-te e encontro-te
Cada vez mais pequeno.
Desenhando-te vesículas
De tentação, subdesenvolvida
De miséria.
E imita-se a labareda de nada
Crescente em cada um de nós.
Com os pecados de cada dia absolvidos.
Como poeira de rios de angústia.
Morre-se com saudade
De um futuro,
Lacrimejante.
Com gemidos de prazer,
De ontem á noite.
Deixo de gostar de ti
Esperando que morras,
Bem no fim.
Aquecendo-me com cada partícula de suor
Que erradia do teu corpo.
Rezando-se
Como um lobo
Á espera de um cordeiro
Que se cai
Na armadilha
Na menção do desejo.
Pisando-te a carne,
Com pequenas mordidas
Enevoadas de um tempo
Próspero de nada.
Não me dês nada.
Esperando que fujas
Deixando-te ganhar caminho,
Derrete-se um grito
Que faz mossas
Nas nossas goelas.
E esconde-se
Não dizendo nada.
Shhhhh…
Como os mortos,
Como os vivos
Estão famintos…
De carnificina de olhos blindados
Com palas obliquas
De pecados
Bocados de nada.
domingo, 14 de setembro de 2008
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