De todos os nossos desejos
Apenas guardo um.
De todos os nossos segredos
Apenas vejo um.
E os nossos espartilhos,
Apertados ao meu corpo de seda
Marcam-te por todos os lados,
Com os lugares de buracos
E as linhas finas de todas as linhas do meu pequeno,
Bordar.
Será que te dói?
Toda a lama
Que te consome
Por mais uma noite
Imperdoável,
Cheia de canções de amor.
Dói?
E todas as nossas melodias,
Tocadas no teu piano de cauda.
Mordido pelas traças,
Com falta de lume por parte
De todos os nossos rostos
Iluminados pela luz,
Que sempre não obtiveram
Da noite escura
E clara ao mesmo tempo.
Mas não vai doer.
Não desta vez.
Agora sou eu
Que te quero ver morrer.
De uma colectânea "Lama", que tenho andando sem paciência para terminar.
sábado, 27 de dezembro de 2008
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